A televisão brasileira sempre foi um palco para grandes talentos que se tornaram ícones nacionais, conquistando o coração de milhões de telespectadores. Entre essas figuras inesquecíveis, destaca-se Caçulinha, músico virtuoso que marcou uma era com sua presença no programa “Domingão do Faustão”.
Sua morte, aos 86 anos, deixa um vazio profundo na cultura popular do Brasil. Caçulinha, cujo nome verdadeiro era Rubens Antônio da Silva, estava internado no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, onde se recuperava de um infarto.
Sua carreira começou cedo, aos 8 anos, quando já demonstrava habilidades excepcionais no acordeão, sendo reconhecido por seu ouvido absoluto – a capacidade de identificar ou reproduzir qualquer nota musical sem referência.
Natural de São Paulo, Caçulinha nasceu em uma família musical. Seu pai, Mariano de Silva, era um renomado compositor sertanejo. Ele e seu irmão formaram a primeira dupla sertaneja a gravar um disco no Brasil.
Com uma carreira vasta e versátil, Caçulinha tocava piano, violão, escaleta e, claro, acordeão. Ele acompanhou grandes nomes da música brasileira, como Elis Regina, Roberto Carlos e Chico Buarque.
Além de sua marcante presença no “Domingão do Faustão”, onde foi responsável pela trilha sonora do programa ao vivo por mais de 20 anos, Caçulinha participou de diversos outros programas de TV, incluindo “Essa Noite se Improvisa”, “Raul Gil” e “Os Trapalhões”. Ao longo de sua carreira, gravou 31 discos de vinil, sendo o mais recente em 2019, celebrando seus 60 anos de dedicação à música.
O velório de Caçulinha será realizado na Capela do Cemitério São Paulo, em Pinheiros, e o sepultamento ocorrerá no mesmo local. Seu legado, no entanto, continuará vivo, eternizado nas memórias e corações daqueles que apreciam a boa música e a arte televisiva brasileira.