O mundo do jornalismo perdeu um de seus mais brilhantes profissionais. Ricardo Pereira, ex-diretor da Globo em Portugal, faleceu aos 72 anos, após uma batalha de quatro anos contra o câncer no pâncreas e no fígado.
Sua morte foi confirmada pela família, embora os detalhes do velório e sepultamento ainda não tenham sido divulgados. Pereira, que se aposentou em setembro deste ano, teve uma trajetória notável na Globo.
Apenas na Globo, trabalhou por mais de quatro décadas. Iniciou sua carreira na emissora em 1977 como repórter do Jornal Nacional e do Fantástico, após já ter colaborado como freelancer no ano anterior.
Sua jornada incluiu coberturas significativas, como a redemocratização do Brasil sob o governo de Ernesto Geisel e eventos internacionais de grande impacto.
Em 1980, tornou-se correspondente em Londres, cobrindo acontecimentos como o terremoto no Sul da Itália e a guerra entre Irã e Iraque, onde entrevistou o ditador Saddam Hussein.
Pereira também dirigiu o jornalismo da Telemontecarlo na Itália e, em 2011, assumiu a direção da Globo Portugal, cargo que ocupou até recentemente. Mesmo após a aposentadoria, continuou ativo, trabalhando em um documentário para o Globoplay sobre um diário de guerra que encontrou nas Ilhas Malvinas em 1983.
O documentário, que revela a história de um soldado argentino durante a guerra das Malvinas, é um testemunho da paixão e dedicação de Pereira ao jornalismo.
Sua morte deixa um vazio no jornalismo brasileiro, mas seu legado permanece através de suas contribuições significativas e da inspiração que continua a oferecer às futuras gerações de jornalistas.