A morte de uma figura tão emblemática quanto Divaldo Franco marca o encerramento de um capítulo significativo na história do espiritismo brasileiro. Conhecido por sua oratória envolvente e profunda dedicação a causas sociais e espirituais, Franco deixa um legado que atravessa fronteiras e gerações.
A trajetória desse líder religioso começa ainda na infância, quando afirmava ter percepções espirituais que viriam a moldar toda a sua vida. Essas experiências o conduziram, ainda jovem, ao contato com a doutrina espírita, um caminho que tomaria proporções grandiosas ao longo das décadas.
Nascido em Feira de Santana, na Bahia, em 1927, Divaldo encontrou sua missão não apenas na propagação do espiritismo, mas também na ação direta junto aos mais necessitados.
Em 1952, fundou a Mansão do Caminho, em Salvador, um espaço que viria a se tornar símbolo de acolhimento, assistência social, educação e espiritualidade. O projeto, criado em parceria com Nilson de Souza Pereira, tornou-se referência nacional e internacional, sendo uma das principais iniciativas de amparo a crianças e famílias em situação de vulnerabilidade.
Além da atuação social, Divaldo Franco destacou-se como autor e conferencista. Psicografou mais de 260 livros, muitos deles traduzidos para dezenas de idiomas, e realizou mais de 20 mil palestras em mais de 70 países, consolidando-se como um verdadeiro embaixador da paz.
Recebeu inúmeras homenagens ao longo da vida, incluindo títulos de Doutor Honoris Causa em diversas universidades brasileiras e internacionais, bem como a Comenda da Paz Chico Xavier.
Sua trajetória inspiradora também foi retratada em filmes e livros biográficos que narram sua contribuição à doutrina espírita e ao desenvolvimento de obras de caridade.
A morte de Divaldo Franco, aos 98 anos, representa não apenas o fim de uma era, mas o início de um legado que continuará a influenciar gerações por meio do exemplo de altruísmo, fé e dedicação ao próximo.
Seu impacto no espiritismo e nas ações sociais permanece como uma poderosa lembrança da importância do serviço ao bem coletivo. Não há informações sonbre o velório e sepultamento.
