O silêncio e a dor tomaram conta da população da cidade de Rio Claro localizada no interior do estado de São Paulo, neste domingo (15) após a confirmação da morte de um jovem cantor sertanejo.
O artista identificado como Gusthavo Aragão, de 28 anos, vítima de um grave acidente de trânsito ocorrido na Rodovia Wilson Finardi (SP-191), que liga Rio Claro a Araras.
O acidente foi registrado por volta das 3h15 da madrugada, quando o artista, que retornava de um fim de semana com amigos, colidiu com uma carreta enquanto pilotava sua motocicleta. O impacto foi fatal, e ele foi encontrado sem vida no acostamento.
Natural de Boa Vista do Tupim, município localizado no interior da Bahia, Gusthavo mudou-se ainda criança para o interior paulista, onde vivia com uma prima que considerava como mãe. Ao longo dos anos, cultivou uma trajetória marcada pela alegria, humildade e amor pela música.
Nos últimos três anos, transformou o antigo hobby de cantar em bares da cidade em uma atividade profissional, dividindo palco com outros músicos e conquistando admiradores por sua voz e carisma.
Jorge Lopes, seu melhor amigo e parceiro musical, relatou que ambos estavam prestes a oficializar uma dupla sertaneja. Para ele, a perda é irreparável, não apenas pela relação pessoal, mas pelo talento e o entusiasmo de Gusthavo.
Na noite do acidente, o cantor havia passado o dia em um rancho em Santa Maria da Serra e, mesmo com pedidos de amigos para que dormisse no local, insistiu em voltar para casa.
A notícia de sua morte causou forte comoção entre amigos e familiares. Diversos artistas e moradores da cidade utilizaram as redes sociais para prestar homenagens. Em um gesto de carinho e respeito, a família autorizou que Jorge prestasse uma homenagem musical durante o velório.
Gusthavo estava prestes a realizar um sonho adiado há anos: visitar a mãe, com quem não se encontrava havia cinco anos. A viagem estava marcada para a terça-feira seguinte ao acidente. Para viabilizar a vinda da mãe ao velório, amigos organizaram uma vaquinha solidária.
A perícia concluiu que a colisão foi traseira e seguida de tombamento, mas o motorista da carreta envolvida não foi identificado, tendo deixado o local sem prestar socorro.
Além de músico, Gusthavo trabalhava em uma empresa de refrigeração durante o dia. Sua morte não apenas entristece os que o conheciam, mas também interrompe uma jornada promissora no cenário sertanejo regional, marcada por leveza, esforço e dedicação à arte.
