De forma recente, o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, lamentou publicamente uma grande perda para o Brasil e se encontra de luto diante desta triste partida.
O político utilizou o seu perfil no Instagram para lamentar a a morte do fotógrafo Sebastião Salgado, considerado um dos maiores nomes da fotografia documental mundial.
Salgado faleceu aos 81 anos em Paris, onde residia, após complicações de saúde relacionadas a tratamentos contra a malária, doença contraída durante trabalhos na Amazônia nos anos 1990.
Em uma publicação emocionada, Lula compartilhou registros ao lado do artista e destacou seu legado como “um clamor pela solidariedade”. Em seu comunicado, ele buscou reforçar o legado deixado pelo fotógrafo.
Na postagem, que acumulou mais de 150 mil curtidas em poucas horas, Lula deixou um comunicado em seu perfil, lamentando publicamente a partida deste importante nome da fotografia nacional e mundial.
“Me sinto profundamente triste com o falecimento de Sebastião Salgado. Seu inconformismo com a desigualdade do mundo e seu talento obstinado em retratar a realidade dos oprimidos serviram como alerta para a consciência de toda a humanidade”, declarou.
As fotos compartilhadas incluem momentos históricos, como encontros entre Lula e Salgado durante eventos culturais e cerimônias de premiação, com ambos agindo amigavelmente um com o outro.
Nascido em Aimorés (MG) em 1944, Salgado dedicou cinco décadas a documentar crises humanitárias, migrações em massa e belezas naturais ameaçadas. Ele conquistou o mundo com o seu talento.
Além da fotografia, fundou com a esposa Lélia Wanick o Instituto Terra, organização que recuperou 607 hectares de Mata Atlântica em Minas Gerais, transformando uma fazenda degradada da família em reserva ambiental.
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Nos últimos anos, Salgado enfrentou desafios de saúde devido aos efeitos prolongados da malária e à resistência a medicamentos. Mesmo assim, buscou ser ativo e continuou a trabalhar.
Seu trabalho rendeu-lhe títulos, condecorações e prêmios importantes. Além disso, suas imagens integram acervos de museus localizados em Nova York e em Paris.
Salgado deixa a esposa Lélia, parceira de vida e projetos, os filhos Juliano (cineasta) e Rodrigo (diagnosticado com síndrome de Down), e os netos Flávio e Nara. Em entrevista recente, ele expressou o desejo de ser lembrado.
Seu corpo será cremado em Paris, conforme vontade da família, e as cinzas levadas para o Instituto Terra, onde uma cerimônia íntima ocorrerá na próxima semana.