O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou sua preocupação com as mudanças anunciadas pela Meta no sistema de checagem de fatos em suas plataformas, como WhatsApp, Instagram e Facebook.
A empresa norte-americana pretende substituir a verificação ativa de informações por um modelo de notas da comunidade, semelhante ao adotado pelo X, antiga rede Twitter, atualmente gerida por Elon Musk. Para Lula, essas alterações representam um desafio à regulamentação e à soberania nacional.
“Vou realizar uma reunião porque considero muito grave que a comunicação digital não tenha a mesma regulação aplicada à mídia impressa em casos de crimes”, declarou o presidente nesta quinta-feira, dia 9 de janeiro, durante entrevista no Palácio do Planalto.
A reação de Lula surge após o anúncio feito por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, no dia 7 de janeiro. O presidente destacou a importância de respeitar a soberania de cada nação, enfatizando que decisões dessa natureza não podem ser tomadas unilateralmente por indivíduos ou empresas. Ele defendeu que não é aceitável alguns indivíduos ‘passarem por cima’ da soberania de uma nação.
Zuckerberg justificou a mudança afirmando que a Meta deseja retornar às suas origens e priorizar a liberdade de expressão, declarando que há muitos erros e muita censura, e por isso, eles estarão substituindo os verificadores de fato por notas da comunidade e que todos se encontram animados por esse novo capitulo.
No momento, diversas pessoas estão questionando a decisão sobre a disseminação de desinformação e o impacto dessa medida em países como o Brasil, que tem enfrentado desafios no combate de notícias falsas.
Com isso, o governo federal deve procurar a Meta para entender melhor as mudanças e avaliar possíveis ações diante da situação que preocupou o atual presidente da República.