Na última segunda-feira (07/10), o nome do cantor Leonardo foi incluído na “lista suja” do Ministério Público do Trabalho, que lista empregadores envolvidos em casos de trabalhadores encontrados em situação análoga a escravidão.
O nome do cantor foi adicionado à lista depois de uma operação que resgatou seis pessoas em situação análoga a escravidão em uma Fazenda que pertence ao cantor. O grupo estava na Fazenda Lakanka.
A Fazenda fica em Jussara (GO) e perto da Fazenda Talismã, que também pertence ao cantor. Segundo Leonardo, a Lakanka estava arrendada para terceiros. O cantor afirma que não sabia da condição imposta aos trabalhadores.
Nesta quarta-feira (09/10) foram divulgadas mais informações. Leonardo firmou um acordo com a Defensoria Pública da União (DPU) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), assumindo pagamentos de muta e indenização.
De acordo com informações do g1, Leonardo indenizou as seis pessoas resgatadas. Cada um dos cinco adultos recebeu o valor de R$35 mil, enquanto o adolescente, de 17 anos, foi indenizado em R$50 mil. O cantor também quitou um multa de R$ 94.063,24.
Ainda segundo as informações, foram encontradas 18 pessoas trabalhando na fazenda no momento da fiscalização realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No entanto, apenas seis eram submetidas a condições análogas a escravidão.
Apesar do que alegou o cantor, a Justiça entende que ele tinha também responsabilidade sobre as condições oferecidas aos trabalhadores. O entendimento foi baseado no contrato firmado entre Leonardo e o arrendatário, que previa responsabilidades ao cantor.