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Leila Pereira critica reação da Conmebol em caso de racismo e sugere que Palmeiras integre a Concacaf

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Caso em jogo da Libertadores Sub-20 gerou revolta.

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Leila Pereira, presidente do Palmeiras, fez declarações fortes na última segunda-feira (10/03), antes da semifinal contra o São Paulo, pelo campeonato paulista. A presidente foi questionada sobre o caso de racismo, envolvendo um jovem atleta da base do clube, e foi firme em sua resposta.

O caso ocorreu na última quinta-feira (06/03), durante uma partida válida pela Libertadores Sub-20. O Palmeiras enfrentava o Cerro Portenho, do Paraguai, quando Luighi foi alvo de ataques. O garoto, que tem apenas 19 anos, chegou a ser alvo de cusparada por parte de torcedores racistas do clube paraguaio.

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O episódio ganhou ainda mais repercussão quando, durante a entrevista pós-jogo, Luighi se recusou a responder sobre a partida e desabafou sobre a violência que havia sofrido. Com lágrimas nos olhos, o garoto pediu por providências.

No Brasil, o caso foi recebido com revolta. Há anos, times e torcedores brasileiros se tornaram alvo constante de racismo em partidas continentais, especialmente na Argentina, mas também em outros países da América do Sul, como o caso mostra.

Na segunda-feira, em entrevista à TNT Esportes, Leila subiu o tom e criticou a punição imposta pela Conmebol ao Cerro. O clube perdeu direito a torcida na competição (embora já esteja desclassificado), foi multado em 50 mil dólares e foi condenado a fazer uma campanha antirracista em suas redes sociais.

“Já que a Conmebol não consegue coibir esse tipo de crime [racismo], não consegue tratar os brasileiros com o tamanho que os clubes representam à Conmebol, por que não pensar em nos filiarmos à Concacaf? Só assim vão respeitar o futebol brasileiro. É uma coisa a se pensar”, provocou a presidente.

Leila também afirmou que houve uma reunião de clubes brasileiros que assinaram uma carta conjunta que será enviada à FIFA, solicitando que a Federação Internacional intervenha na falta de atitude por parte da Conmebol.

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Também na entrevista, Leila criticou a punição imposta ao Cerro Portenho. Para a dirigente, a medida é irrelevante. “A pena de 50 mil dólares para um crime de racismo… Se você atrasa [para ir ao campo] são 100 mil dólares, 78 mil se acender sinalizador. Vejam como a Conmebol encara o crime de racismo. É um absurdo“, disse.

Sobre o Autor

Roberta R

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