A equipe de legistas responsáveis pelo exame do corpo de Juliana Marins, a brasileira que não resistiu após sofrer uma queda em um vulcão na Indonésia, divulgou detalhes da causa da morte.
Análises foram feita em seu corpo e se chegou a conclusão de que a causa do óbito foi um ‘severo traumatismo torácico’. O legista Ida Bagus Putu Alit, do hospital em que o corpo de Juliana foi levado, explicou que não foram achados sinais de outras causas de morte.
Por conta de Juliana ter passado por baixas temperaturas, muitos pensaram que a causa da morte dela seria por hipotermia. Porém, a ausência de necrose nas extremidades do corpo, de acordo com ele, permite ‘assegurar com convicção’ que o frio não foi o fator fatal.
A autópsia revelou que a jovem sofreu lesões fatais nos órgãos respiratórios internos, consequência de fraturas massivas causadas pelo impacto da queda.
“O fator determinante para o óbito foi, inequivocamente, o trauma contundente. Estimamos que a morte ocorreu em no máximo 20 minutos após o acidente”, declarou o médico.
O exame mostrou ainda múltiplas lesões nos membros superiores e inferiores, além de ter mostrado ferimentos na cabeça e fraturas na coluna vertebral e nas coxas.
Essa conclusão, no entanto, contraria a versão que foi apresentada por um grupo de turistas espanhóis. Eles disseram que viram e filmaram Juliana com vida ainda algumas horas após o acidente, com a utilização de um drone.
Os viajantes foram os responsáveis por contatar a irmã da vítima, Mariana Marins, através das redes sociais para tentar localizar os familiares dela e assim iniciar os processos de busca.
O corpo da publicitária foi localizado quatro dias após ter ocorrido o acidente e a confirmação da morte aconteceu através de uma comunicação pela família nesta última terça-feira.
Em uma nota oficial, eles divulgaram que com profunda tristeza, Juliana não sobreviveu. Algumas horas antes, o Ministério do Turismo local classificou o estado dela como ‘terminal’, com base nas avalições que foram feitas da equipe de busca.
A recuperação do corpo foi uma operação complexa que durou sete horas, com socorristas e voluntários trabalharam para içar a vítima em uma maca e transportá-la para uma base do parque.
Diante da situação, o governo brasileiro expressou pesar pela morte e informou que os trabalhos de busca foram significativamente dificultosos por conta de condições climáticas, com solo instável e visibilidade reduzida.
A jovem, de 26 anos, sofreu um desequilíbrio e deslizou durante uma trilha do vulcão Rinjani, durante a noite desta sexta-feira, dia 20 de junho. Ela despencou por aproximadamente 300 metros abaixo do caminho principal.
A família acompanhou a situação à distância através de imagens enviadas pelos turistas espanhóis, enquanto aguardava o resgate. De acordo com a irmã, se tratou de algo absurdo a morte dela.