Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão pelo homicídio de sua filha Isabella em 2008, passou por um exame criminológico recentemente, indicando que não há contraindicações para sua progressão ao regime aberto.
A decisão final, no entanto, ainda depende da avaliação e aprovação judicial. “Não [foi] identificado transtorno mental”, concluiu o psiquiatra que o analisou.
O laudo foi elaborado por uma assistente social, uma psicóloga e um psiquiatra. Eles avaliaram diferentes aspectos do comportamento e da personalidade de Nardoni, conforme exigido pela lei.
A psicóloga destacou que Nardoni possui consciência da gravidade do crime pelo qual foi condenado, mas não manifestou arrependimento, já que continua negando a autoria do delito.
Ela observou que ele tem se empenhado em cumprir sua sentença por meio de atividades laborais, pedagógicas e intelectuais. “Como não assume autoria, não há que se falar em arrependimento”, detalharam.
A assistente social corroborou as observações da psicóloga e destacou que Nardoni mantém bom comportamento no ambiente prisional, envolvendo-se em atividades laborais e mantendo uma relação positiva com funcionários e colegas de prisão.
O psiquiatra não identificou transtornos mentais que contraindicassem a progressão de regime, afirmando que , Nardoni tem capacidade de ter pensamentos lógicos e organizados.
Alexandre Nardoni já está em regime semiaberto desde 2019, após passar um terço de sua vida na prisão. Como foi condenado por um crime hediondo e é réu primário, ele precisa cumprir ao menos 40% da pena em regime fechado ou semiaberto, antes de sair da prisão.