A investigação da morte da professora de pilates Larissa Rodrigues, que ocorreu na cidade de Ribeirão Preto, localizada no interior do estado de São Paulo, ganhou novos desdobramentos após a confirmação de que Nathalia Garnica, irmã do médico suspeito, Luiz Antonio Garnica, também morreu envenenada.
A revelação foi feita pelo diretor do Instituto Médico Legal (IML), Diógenes Tadeu Cardoso, após a conclusão de um laudo toxicológico realizado quase 30 dias após a exumação dos restos mortais de Nathalia, que faleceu um mês antes de Larissa.
A análise identificou a presença da substância tóxica popularmente conhecida como “chumbinho” em órgãos como fígado, pulmão e estômago. Apesar de ambas terem morrido por envenenamento, o laudo apontou que as substâncias usadas foram diferentes.
Nathalia foi intoxicada com “carbofurano”, enquanto Larissa teve a presença de “aldicarb” no organismo. Ambos os compostos pertencem à mesma classe de venenos, com efeitos similares no corpo humano, variando apenas em sua composição química.
Os exames também apontaram lesões nos pulmões e no coração de ambas as vítimas, sintomas compatíveis com os efeitos das substâncias ingeridas. A natureza dos crimes é assustadora.
A Polícia Civil trata a morte de Larissa como homicídio qualificado e investiga se o crime foi motivado por um pedido de divórcio apresentado pela vítima, que recentemente havia descoberto uma traição do marido.
Garnica e sua mãe, Elizabete Arrabaça, foram presos temporariamente. A sogra da vítima, inclusive, foi a última pessoa a estar com Larissa antes de sua morte e é considerada peça-chave nas investigações.
Em uma carta enviada à imprensa, Elizabete alegou que Larissa teria ingerido um remédio para dor estomacal que estava, supostamente, contaminado com chumbinho, sem que ambas soubessem da contaminação.
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O IML reforça que as análises seguiram rígidos protocolos, com total controle da cadeia de custódia, garantindo a integridade das amostras e das conclusões. O laudo final será entregue à Polícia Civil nos próximos dias.