Uma mãe acionou as autoridades e a Polícia se deparou com uma criança sem os seus sinais vitais há pelo menos 6 horas. O menino, identificado pelo nome de Rhavy Abrãao Alves de Lima, de 2 anos, não resistiu na região de Maceió, no Alagoas.
Rhavy foi encontrado morto na manhã de 13 de maio de 2025, em sua residência. A mãe, Nicole Maria, relatou ter saído para a academia e visitar a avó da criança, retornando para ser informada pelo companheiro que o menino não respirava.
O SAMU constatou óbito no local, com rigidez cadavérica e hematomas abdominais leves, mas sem lesões externas evidentes. A Polícia Civil tratou o caso inicialmente como uma “fatalidade”, já que não havia marcas de violência ou indícios de agressão no local.
Além disso, outras duas crianças que moravam na casa também não apresentavam sinais de maus-tratos. Na ocasião, a mãe afirmou que Rhavy foi atendido em duas UPAs na semana anterior.
Na primeira, recebeu dipirona para um quadro clínico simples; na segunda, houve suspeita de hidrocefalia após raio-X mostrar vazamento de líquido na moleira, mas sem encaminhamento para exames mais detalhados.
Nicole mencionou inchaços na cabeça do menino e que ele teria caído da cama no dia da morte, segundo relato do irmão mais velho. O padrasto tentou reanimá-lo sem sucesso, de acordo com ela.
Uma reviravolta no caso aconteceu após o laudo do IML ter revelado que a criança sofreu uma pancada violenta na região da coluna, causando ruptura do fígado e hemorragia interna. A lesão foi causada por ação contundente, descartando queda acidental.
O padrasto foi preso após contradições em seu depoimento. Ele alegou estar dormindo no momento da morte e não soube explicar a origem das lesões. A polícia destacou que ele era o único adulto presente no local quando o óbito ocorreu.
Agora, a polícia avalia se houve negligência por parte de Nicole, mas, até o momento, não há indícios de sua participação direta. Também está sendo investigado os atendimentos médicos anteriores.