Na terça-feira (9), o TJMG emitiu ordem judicial para prender novamente o doutor Álvaro Ianhez, condenado pelo falecimento e extração ilícita de órgãos do jovem Paulo Veronesi Pavesi, ocorrido em 2000, em Poços de Caldas (MG).
Com 77 anos, Álvaro recebeu sentença de 21 anos e 8 meses por assassinato com duas qualificadoras. Há 22 anos, o menino deu entrada no hospital Santa Casa, ainda vivo. Faleceu dois dias após, em 21 de abril, quando os doutores acusados declararam sua morte cerebral.
Acusado de participar do óbito e extração não autorizada de órgãos do garoto Paulo, em abril de 2000, em Poços de Caldas, sul mineiro, Álvaro foi sentenciado por homicídio qualificado por motivo torpe e por envolver vítima menor de 14 anos.
De acordo com a acusação do Ministério Público, Álvaro e outros envolvidos planejaram simular e documentar o falecimento de Paulo Pavesi com o propósito de extrair órgãos ilegalmente.
O Caso Pavesi repercutiu em 2002, quando os doutores José Luis Gomes da Silva, José Luis Bonfitto, Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e Álvaro Ianhez foram indiciados pelo Ministério Público por assassinato qualificado de Paulo Veronesi Pavesi, que possuía 10 anos na época.
Segundo o tribunal, os quatro profissionais da saúde teriam conduzido de maneira inadequada o óbito e a remoção de órgãos do menino, após sua queda de 10 metros no edifício onde residia.
A análise que indicou morte cerebral possivelmente foi fraudada, e o jovem ainda estaria consciente durante a extração dos órgãos. O caso é um dos maiores escândalos médicos da história do país.