A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na rodovia BR-040, na véspera de Natal, apresentou uma piora significativa em seu estado de saúde.
Internada em uma unidade hospitalar do RJ, ela voltou a respirar por aparelhos após apresentar febre e sinais de uma nova infecção. Segundo o boletim médico divulgado na terça-feira (7), foi necessário retomar a sedação leve, ventilação mecânica e medicação para controle da pressão arterial.
O processo de reabilitação, que havia sido iniciado após uma surpreendente melhora na semana passada, precisou ser interrompido. Na ocasião de sua melhora, Juliana surpreendeu ao responder a estímulos, sentir os membros e até mesmo comunicar-se com a família por gestos labiais.
Ela declarou seu amor pelos familiares e expressou o desejo de retornar para casa, trazendo esperanças de recuperação. Contudo, o agravamento do quadro infeccioso interrompeu esse progresso, colocando a jovem novamente em estado crítico.
Reconstituição do incidente e avanços nas investigações
Na mesma terça-feira, equipes da Polícia Federal (PF) e da PRF realizaram a reconstituição do tiroteio que atingiu Juliana e sua família. A reprodução, que durou cerca de duas horas, utilizou tecnologias como scanner e drones para percorrer um trecho de 300 metros da BR-040, próximo ao local do ocorrido.
O incidente aconteceu enquanto a família de Juliana seguia pela Rodovia Washington Luís em direção a Niterói, onde passariam o Natal com parentes. O carro em que estavam foi alvejado por tiros disparados por três agentes da PRF.
Segundo a corporação, os policiais envolvidos estão proibidos de participar de operações enquanto as investigações estão em andamento. O caso é conduzido pela PF e pelo Ministério Público Federal, que buscam esclarecer as circunstâncias do ataque.
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Repercussão e busca por justiça
O caso gerou indignação e mobilizou a sociedade, que clama por justiça para Juliana e sua família. A reconstituição é vista como um passo importante para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos.
A situação também trouxe à tona questionamentos sobre o uso excessivo da força por parte das forças de segurança, destacando a necessidade de maior rigor e supervisão nas operações realizadas.
Enquanto Juliana luta por sua recuperação, sua história se tornou um símbolo da urgência em repensar protocolos de abordagem e priorizar a proteção da vida em situações de confronto.