A paixão por motocicletas, que encanta tantos jovens, também carrega riscos imensos. Em alta velocidade e em condições nem sempre ideais, a prática de manobras exige responsabilidade redobrada. Quando somada à informalidade de filmagens e à ausência de medidas de segurança, o desfecho pode ser doloroso.
Foi o que aconteceu neste sábado, dia 5 de julho, na SC-135, em Pinheiro Preto, no Meio-Oeste de Santa Catarina, onde o motociclista Abel Artur Danielli, de 19 anos, perdeu a vida de forma repentina.
Segundo o Corpo de Bombeiros, Abel pilotava sua moto quando perdeu o controle e atingiu, no canteiro central da rodovia, um amigo de 20 anos que filmava suas manobras. Após o atropelamento, a motocicleta colidiu com outra moto estacionada em um ponto de ônibus e, em seguida, caiu em uma valeta às margens da estrada.
Os socorristas encontraram Abel em parada cardiorrespiratória e iniciaram os procedimentos de reanimação ainda na pista. Apesar do esforço durante o resgate e o transporte ao hospital, o jovem não resistiu aos ferimentos.
Já o amigo atropelado apresentava suspeita de fratura facial e inchaço no olho, sendo encaminhado ao Hospital Salvatoriano Divino Salvador, em Videira. A notícia abalou amigos, familiares e colegas de trabalho.
Abel era funcionário de uma empresa de equipamentos de proteção individual, onde era conhecido por sua dedicação e simpatia. A empresa emitiu uma nota destacando o profissionalismo do jovem e agradecendo pelo tempo de convivência.
Nas redes sociais, as homenagens não cessam. “Sua lembrança permanecerá viva entre nós”, dizia uma das mensagens. O velório acontece neste domingo, dia 6 de julho, em Videira, com sepultamento no Cemitério Jardim da Saudade.
Este episódio serve de alerta sobre os perigos envolvidos em práticas comuns entre motociclistas, como manobras em vias públicas. A emoção do momento nunca deve sobrepor-se à segurança. O legado de Abel agora é também um chamado à reflexão.