Casos de violência doméstica continuam devastando vidas em todo o país, muitas vezes revelando situações ainda mais complexas e delicadas em meio ao caos. Por trás das portas fechadas, agressões físicas e emocionais deixam marcas profundas nas vítimas e, em alguns casos, expõem segredos inesperados.
Foi exatamente isso que aconteceu em Cariacica, no Espírito Santo, onde uma jovem de 19 anos, após ser brutalmente espancada pelo namorado, descobriu que estava grávida enquanto recebia atendimento médico.
O episódio ocorreu na tarde de domingo, dia 18 de maio, e teve desdobramentos dramáticos. A vítima, que preferiu não se identificar, relatou ter sido agredida por cerca de cinco minutos sem qualquer chance de defesa.
Ela sofreu diversos socos no rosto, resultando em ferimentos sérios, incluindo o deslocamento do maxilar. Segundo seu relato, as agressões começaram após ela questionar o parceiro sobre uma possível traição o que desencadeou uma reação violenta e descontrolada.
O agressor, Mateus Almeida dos Santos, também de 19 anos, foi contido por um amigo da vítima, que interveio ao ouvir ameaças de morte. De acordo com esse amigo, outras pessoas estavam na casa no momento, mas nenhuma delas tentou ajudar.
Mateus foi preso em flagrante e levado para o Centro de Triagem de Viana, autuado por lesão corporal e ameaça, conforme previsto na Lei Maria da Penha. Enquanto realizava exames no hospital, a jovem recebeu a notícia de que estava grávida uma revelação que a deixou emocionalmente abalada.
Apesar do momento difícil, ela afirmou que pretende seguir com a gestação: “Abortar é crime, então é deixar vir. Que venha com muita saúde”. O caso levanta um alerta sobre a gravidade da violência doméstica e a urgência de redes de apoio eficazes.
Para muitas mulheres, cada denúncia é um grito por sobrevivência e, às vezes, por uma nova chance de recomeçar.
