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Jornalista americano sofre acidente no RJ, recebe tratamento do SUS e fala em marcas profundas

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O caso rendeu uma matéria no The Washington Post.

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A experiência vivida pelo jornalista Terrence McCoy durante uma viagem ao Brasil resultou em uma reflexão profunda sobre as diferenças entre os sistemas de saúde brasileiro e norte-americano.

Durante sua estadia em Paraty, no litoral do Rio de Janeiro, McCoy sofreu um acidente com a porta do porta-malas do carro, que o levou a ser socorrido por uma ambulância até o hospital público local.

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Jornalista americano se surpreende com atendimento no SUS veja relato

Lá, foi submetido a exames como tomografia e raio-x, recebeu medicamentos e levou seis pontos na cabeça — tudo sem que fosse cobrado em nenhum momento.

Acostumado com a realidade dos Estados Unidos, onde não existe um sistema de saúde público e todo atendimento é condicionado a existência de seguro de saúde, ou pagamento direto, o jornalista ficou surpreso com a gratuidade e o alcance do Sistema Único de Saúde brasileiro.

https://www.instagram.com/reel/DLsNIi7MUS2/

Ainda que viva no Brasil há seis anos, sua reação inicial foi se perguntar quanto o atendimento custaria, revelando o quanto a lógica norte-americana do sistema privado está enraizada até mesmo entre residentes estrangeiros.

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Na reportagem publicada pelo The Washington Post, McCoy reconheceu as falhas estruturais do SUS, como a crônica escassez de recursos e a sobrecarga de demanda.

Mesmo assim, ressaltou sua eficiência, apontando que o sistema realiza mais de 2,8 bilhões de atendimentos por ano e é a única fonte de cuidado médico para cerca de 70% da população.

Em Paraty, observou a pluralidade de pacientes sendo atendidos — desde moradores que chegam de barco até turistas — todos recebendo os mesmos cuidados, sem distinções.

O impacto da experiência foi ainda mais marcante quando, dias depois, o filho do jornalista também precisou de atendimento. Diagnosticado com amigdalite, o menino foi atendido por um pediatra, recebeu os medicamentos necessários e, mais uma vez, a conta final permaneceu zerada.

Para McCoy, o episódio se transformou em uma lição prática sobre um sistema de saúde público e universal, uma realidade muito distante da vivida em seu país de origem.

A vivência no hospital brasileiro deixou mais do que pontos na cabeça: provocou uma mudança de perspectiva sobre o valor e a função social de um serviço de saúde acessível a todos.

“Minha passagem por um hospital público brasileiro acabou servindo como uma aula prática sobre um sistema de saúde fundamentalmente diferente”, escreveu McCoy. Uma aula que, segundo ele, deixou marcas profundas (e alguns pontos na cabeça).

Sobre o Autor

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.