Em meio a grande repercussão pública, Vitor Belarmino concedeu sua primeira entrevista desde que se tornou réu pelo atropelamento fatal do fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuda, ocorrido em julho de 2024 no Rio de Janeiro.
O caso, que provocou comoção nacional, aconteceu horas após o casamento da vítima, no bairro Recreio dos Bandeirantes, quando ele atravessava a avenida Lúcio Costa ao lado da esposa.
Desde então, Belarmino segue foragido, e sua fala no programa Domingo Espetacular da Record foi marcada por controvérsias e declarações que dividiram opiniões.
Na entrevista, o influenciador digital declarou que não pretende permanecer foragido indefinidamente, mas condicionou sua apresentação à Justiça a um eventual esclarecimento completo dos fatos.
Ele disse se sentir injustiçado e alegou que sua vida estaria destruída desde o ocorrido. Admitiu, no entanto, que errou ao não prestar socorro imediato a Fábio, reconhecendo que a responsabilidade por essa omissão é exclusivamente sua.
Apesar disso, Belarmino sustentou a versão de que o atropelamento teria sido resultado de um acidente e não de uma ação intencional. Segundo ele, um motoboy que passava pela rodovia no momento do incidente pode ter influenciado o comportamento da vítima, levando-a a se posicionar de forma repentina na frente do carro.
O influenciador alegou ainda que tentou evitar a colisão, mas perdeu o controle do veículo. Contudo, imagens registradas por câmeras de segurança mostram Fábio sendo violentamente lançado ao ser atingido pela BMW conduzida por Vitor, que deixou o local sem prestar auxílio.
Além de Belarmino, cinco mulheres que estavam no carro também foram denunciadas por omissão de socorro. A primeira audiência do caso está marcada para a próxima sexta-feira, e o processo pode se tornar um marco no debate sobre a responsabilização de figuras públicas em crimes de trânsito.
O episódio, que evidencia o impacto de condutas imprudentes ao volante, ressalta a importância da responsabilização penal em casos de omissão e negligência, especialmente quando envolvem vítimas indefesas e um contexto de descaso humano.
O desdobramento jurídico pode não apenas definir o futuro dos réus, mas também servir como alerta sobre as consequências de decisões impulsivas em situações críticas.