Victor de Paula Gonçalves, conhecido como Victor Bonato, uma figura influente no mundo das redes sociais e líder de um movimento religioso chamado Galpão, foi preso sob acusações de estupro, chocando a comunidade e seguidores. As vítimas, três jovens mulheres, incluindo duas estudantes de medicina e uma empresária, denunciaram à Delegacia da Mulher de Barueri que Bonato usava sua “influência religiosa” para manipulá-las e forçá-las a manter relações sexuais com ele. Os supostos crimes teriam ocorrido entre janeiro e setembro deste ano, em locais diversos, incluindo a residência de Bonato em Alphaville.
Antes de sua prisão, Victor Bonato postou um vídeo nas redes sociais, confessando seus “pecados” e pedindo “perdão às meninas”. No vídeo, ele admitiu ter cometido erros graves e ter “desagradado o coração de Deus”. Embora não tenha especificado quais eram os pecados, ele enfatizou que suas ações eram contrárias aos princípios religiosos que ele pregava e que não refletiam o Galpão como um todo.
O Galpão, um grupo religioso fundado por Bonato cerca de dois anos atrás, tinha como objetivo atrair jovens conservadores da região de Alphaville, na Grande São Paulo. No mesmo dia em que o influencer compartilhou o vídeo de confissão e arrependimento, o Galpão divulgou uma nota oficial anunciando que ele não fazia mais parte do movimento religioso. A nota não mencionou explicitamente as acusações de estupro feitas pelas seguidoras, mas afirmou que “alguns acontecimentos ferem diretamente o que o Galpão acredita e segue, ferem a palavra e estão em desacordo com o que Jesus nos ensina”.
A prisão de Victor Bonato foi decretada pelo juiz Fabio Calheiros do Nascimento, da 2ª Vara Criminal de Barueri, devido ao risco de fuga. A Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão em 20 de setembro, levando o influencer a enfrentar as acusações perante a Justiça.
O caso de Victor Bonato lançou luz sobre a influência de figuras públicas em movimentos religiosos e destacou a importância de se combaterem abusos em ambientes religiosos e de liderança espiritual. A prisão do influencer evangélico tem causado discussões e reflexões sobre como a fé e a religião podem ser usadas para manipular e abusar da confiança das pessoas. O desdobramento desse caso continua a ser acompanhado de perto pela sociedade e pelas autoridades.