O atestado de óbito do menino Carlos Teixeira, de apenas 13 anos, apontou uma broncopneumonia bilateral como causa da morte. O documento é assinado pelo Instituto Médico Legal.
Carlos morreu dias após ser espancado dentro da escola onde estudava. O menino se queixava de falta de ar, dor para respirar e apresentava febre alta, segundo a família. O caso tem gerado grande repercussão.
O menino foi agredido no dia 9 de abril e teve o óbito confirmado no dia 16, após uma peregrinação da família em busca de atendimento. Após não ter a gravidade do caso levada a sério em Praia Grande, a família conseguiu internação para Carlos em Santos.
O adolescente deu entrada na Santa Casa de Santos, mas não resistiu após sofrer três paradas respiratórias. “Foi espancado, sofreu bullying e hoje não está aqui comigo“, declarou o pai do menino.
Segundo os médicos Carlos Machado e Marcelo Bechara, procurados pelo G1, as agressões podem ter relação direta com a broncopneumonia – que é uma infecção ampla no sistema respiratório, mais abrangente que uma pneumonia comum.
“O excesso de peso nas costas podem ter levado a um trauma que pode levar a um pneumotórax […], [quando] o pulmão não consegue ventilar e uma hora chega a parada cardíaca mesmo”, afirmou Bechara.
Julysses, pai do menino, agora cobra por Justiça. O homem denuncia que a direção da escola sabia que o menino era alvo de bullying, mas foi omissa. “Isso não aconteceu de agora, mas sim, há tempos“, declarou.