Um episódio inesperado e trágico marcou a tarde desta terça-feira (25), na cidade de Rio Branco, capital do estado do Acre. O aposentado Jonatas Nicácio Rodrigues, de 69 anos, foi encontrado morto dentro de um dos quartos do Motel Montreal, localizado na Estrada do Irineu Serra, no bairro Defesa Civil.
O caso, que envolve circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas, está sendo investigado pela Polícia Civil e chamou atenção pelas contradições e pela fuga de uma testemunha-chave.
Segundo informações da polícia, Jonatas chegou ao local acompanhado de uma mulher cuja identidade ainda não foi confirmada. Pouco tempo depois de entrarem no apartamento 23 do motel, a mulher procurou uma funcionária do estabelecimento alegando que o idoso estava passando mal.
Apesar do pedido de socorro, ela deixou o local rapidamente antes da chegada dos serviços de emergência. A mulher afirmou estar casada há 40 anos e, temendo um escândalo, decidiu fugir sem se identificar.
Inicialmente, funcionários do motel tentaram omitir a presença da acompanhante, alegando que Jonatas teria chegado sozinho. No entanto, diante da existência de câmeras de segurança no local, acabaram confirmando que a mulher esteve com ele.
A tentativa de esconder informações despertou atenção dos investigadores, que já analisam as imagens captadas pelo sistema interno do estabelecimento para esclarecer a sequência de eventos.
No interior do veículo usado pela vítima foi encontrada uma cartela de tadalafila, substância popularmente conhecida por tratar disfunção erétil. Além disso, R$ 1 mil foram encontrados no bolso da calça do idoso e posteriormente entregues ao filho que esteve no local.
A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ainda foi acionada e deslocou uma ambulância com suporte avançado, mas Jonatas já estava sem sinais vitais ao ser examinado pelos profissionais de saúde.
Peritos do Instituto Médico Legal, responsáveis pela remoção do corpo, não identificaram perfurações ou sinais de violência externa, o que pode indicar causas naturais ou reações adversas relacionadas ao uso de medicamentos.
O corpo foi levado para exames que deverão esclarecer a origem do óbito. A área foi isolada por policiais militares do 3º Batalhão para preservar a cena até a chegada da perícia.
O caso agora está sob responsabilidade da Equipe de Pronto Emprego da Polícia Civil e será posteriormente repassado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, que deve aprofundar as investigações.
O episódio levanta discussões sobre os riscos associados à saúde sexual de pessoas idosas, especialmente quando há o uso de substâncias farmacológicas sem acompanhamento médico. Também evidencia a importância da apuração cuidadosa em casos onde as circunstâncias podem esconder elementos sensíveis ou comprometedores.