O deslocamento pelas rodovias brasileiras continua representando um risco significativo à vida, especialmente quando se trata de veículos de carga. Dados recentes do Anuário da Polícia Rodoviária Federal (PRF) trouxeram informações impressionantes.
As pesquisas realizadas no ano de 2024, mostram que mais de 6 mil pessoas perderam a vida em acidentes nas estradas federais do país, e outras 84 mil ficaram feridas. O levantamento revela que, embora o número de colisões traseiras seja o mais frequente.
Os acidentes com caminhões têm um índice elevado de letalidade, somando quase 600 mortes no último ano. Dentro desse contexto alarmante, uma nova perda humana na malha rodoviária brasileira volta a chamar atenção para a urgência de medidas preventivas.
Neste último domingo (6), um acidente ocorrido no quilômetro 135 da rodovia ERS-122, no trecho que corta o município de Ipê, localizado na região da Serra Gaúcha, resultou na morte de um jovem pai de 26 anos e de seus dois filhos pequenos, um com sete meses de vida e outro com apenas um ano e onze meses.
A família viajava em um caminhão carregado com peças industriais, no sentido Flores da Cunha–Vacaria, quando o veículo tombou por volta das 9h30 da manhã.
A única sobrevivente foi a mãe das crianças, de 23 anos, que foi resgatada e encaminhada ao Hospital São José, na cidade vizinha de Antônio Prado. Segundo a equipe médica, ela está fora de perigo, mas ainda sob observação.
As vítimas foram identificadas como Genésio Arcanjo Soares Júnior, Anthony Campos Soares e Gabriel Valentim Campos Soares. A tragédia interrompeu uma rotina familiar e causou comoção na região.
A PRF reforça a importância de medidas como a fiscalização de veículos de carga, revisão de segurança viária, campanhas educativas e investimento em infraestrutura.
O número crescente de acidentes envolvendo famílias inteiras mostra que, além das estatísticas, há histórias interrompidas e laços afetivos destruídos. O episódio em Ipê reacende o debate sobre segurança nas estradas e a necessidade de ação conjunta entre órgãos públicos, transportadoras e condutores para reduzir os riscos e preservar vidas.