Quem cruza diariamente as rodovias brasileiras sabe que o asfalto pode ser imprevisível. Para os caminhoneiros, que passam mais tempo na estrada do que em casa, cada viagem é um ato de coragem e resistência.
Eles enfrentam longas jornadas, mudanças climáticas, imprudência de outros motoristas e, muitas vezes, rodovias em condições delicadas. Em um desses caminhos, Ademir Luiz da Silva, de 60 anos, não pôde retornar para casa.
Natural de Criciúma, Ademir dedicava sua vida profissional à estrada. Trabalhava para a empresa Transcelso Transportes, sediada em Içara, e era conhecido pelo comprometimento e responsabilidade com seu ofício.
Na última quinta, dia 3 de julho, por volta das 18h50, ele conduzia um caminhão na BR-101, no trecho de Joinville (SC), quando se envolveu em um acidente de grandes proporções, que também teve a participação de outras três carretas e dois carros de passeio.
O impacto da colisão foi tão intenso que Ademir não resistiu aos ferimentos e faleceu no local. O acidente causou a interdição completa da pista no sentido Sul da rodovia, o que gerou um congestionamento superior a quatro quilômetros.
As equipes da Arteris Litoral Sul atuaram nos resgates e na remoção dos veículos, mas a liberação total da via demorou horas. A empresa para a qual Ademir trabalhava publicou uma nota lamentando profundamente a perda do colaborador e prestando solidariedade à família. Veja a publicação que a transportadora fez nas redes sociais.
Casos como esse reforçam os desafios enfrentados por quem vive da estrada. O nome de Ademir agora se junta a tantos outros profissionais que partiram no exercício da profissão deixando famílias, amigos e colegas com a saudade e o reconhecimento por uma vida dedicada ao transporte e ao trabalho honesto.