Em uma cena digna de um filme de terror que chocou banhistas e moradores locais, um homem foi brutalmente atacado por um crocodilo-de-água-salgada enquanto nadava na aparentemente tranquila praia de Talise, em Palu, região de Sulawesi Central, na Indonésia.
O ataque, ocorrido no final da tarde da última quinta-feira, ocorreu diante de testemunhas que, em desespero, tentaram alertar o nadador sobre o perigo iminente. Contudo, os gritos de advertência foram em vão. A vítima, identificada como Sadarwinata, de 51 anos, não percebeu a aproximação do réptil, que media mais de três metros de comprimento.
Em um movimento fulminante, o animal capturou o homem e aplicou a técnica conhecida como “giro da morte”, uma estratégia predatória na qual o crocodilo gira rapidamente com a presa na boca para dilacerar sua carne e quebrar seus ossos.
Apesar da tentativa de se debater e escapar, a vítima logo ficou imóvel e foi levada pelo animal para as profundezas. Equipes de resgate chegaram rapidamente ao local e conseguiram recuperar os restos mortais do homem antes que fossem completamente consumidos.
Um agente do Corpo de Brigada Móvel da Polícia foi obrigado a disparar contra o crocodilo para que o corpo fosse solto, segundo informações repassadas por um comissário da força policial local.
O episódio trágico chama a atenção para um problema recorrente na Indonésia: o elevado número de ataques de crocodilos-de-água-salgada. Relatórios indicam que o país lidera as estatísticas globais nesse tipo de incidente, com mais de mil registros na última década.
Esses animais, comuns em áreas costeiras e manguezais do sudeste asiático, podem atingir até sete metros de comprimento e são considerados extremamente agressivos quando invadem áreas frequentadas por humanos.
Apesar da beleza natural e das águas aparentemente serenas da praia de Talise, a presença desses predadores exige precauções rigorosas. O ataque reacende o debate sobre a necessidade de sinalizações mais visíveis, campanhas educativas e monitoramento constante em regiões onde a presença desses répteis é conhecida.
Enquanto a comunidade local lida com o impacto da tragédia, especialistas alertam para o aumento da convivência entre humanos e crocodilos em função da expansão urbana e da degradação de habitats naturais, fatores que elevam a frequência de encontros fatais como o ocorrido.
A conscientização e a ação preventiva são, mais do que nunca, essenciais para evitar novas perdas. Não há informações se o animal foi encontrado e abatido, o caso serve de alerta para os frequentadores da região.
