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Identificadas as duas crianças de 3 e 5 anos que perderam a vida de forma trágica em Boa Vista (RR)

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O caso que chocou a comunidade local está sob investigação.

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Em meio à precariedade vivida por famílias migrantes que estão alocadas na cidade de Boa Vista, capital do estado de Roraima, uma tragédia devastadora ocorreu nas primeiras horas desta terça-feira (1º), provocando comoção e questionamentos sobre as condições de moradia de grupos em situação de vulnerabilidade.

Um incêndio destruiu parte de uma hospedagem improvisada no bairro São Vicente, em Boa Vista, resultando na morte de duas crianças venezuelanas, um menino de três anos e sua irmã de cinco.

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As vítimas, identificadas como Yorimar Angelina e Isaias José Vasquez Martinez, dormiam em um dos quartos do local no momento em que as chamas começaram, por volta das 5h30 da manhã.

O incêndio, de acordo com a análise inicial do Corpo de Bombeiros, teria sido provocado por um curto-circuito decorrente de instalações elétricas irregulares.

A energia do quarto onde estavam as crianças era fornecida por uma extensão puxada de um galpão vizinho, o que agrava ainda mais a suspeita de negligência nas condições de segurança elétrica.

No momento do ocorrido, a mãe das crianças, o padrasto e a irmã mais nova, de dois anos, estavam em outro quarto da hospedagem. A menina de dois anos foi salva por um policial militar que passava pelo local enquanto estava de folga.

Ao perceber o fogo e escutar gritos de socorro, o agente tentou entrar nos cômodos atingidos, mas conseguiu resgatar apenas a criança mais nova, pois os outros dois irmãos já estavam sem vida quando ele os encontrou.

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Bombeiro atende padrasto e me que perderam filhos em incndio Foto Caque Rodriguesg1 RR

A cena que se desenrolou nas horas seguintes foi marcada por desespero. A retirada dos corpos pelos profissionais do Instituto de Medicina Legal foi acompanhada por moradores da região e por familiares das vítimas, em estado visível de choque.

O local do incêndio também abriga outras famílias migrantes, o que revela uma situação de risco coletivo. Tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil estiveram presentes, e os responsáveis legais pelas crianças foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos.

O padrasto, que trabalha como vigia no galpão ao lado, também residia no local com a família, em um espaço que claramente não possuía estrutura adequada para habitação.

Casos como esse expõem a fragilidade dos sistemas de acolhimento e assistência a refugiados e migrantes em situação de extrema pobreza. A tragédia reforça a urgência de políticas públicas mais eficazes para garantir moradias seguras e dignas a todos, sobretudo crianças, que são as mais vulneráveis.

A perda irreparável desses dois irmãos deixa não apenas uma marca profunda na família, mas também levanta um alerta sobre os riscos silenciosos enfrentados por tantas outras famílias vivendo em condições similares.

Sobre o Autor

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.