Uma tragédia abalou a população do município de Governador Edison Lobão, localizado no interior do estado do Maranhão, após o naufrágio de uma embarcação do tipo rabeta no Rio Tocantins na tarde de domingo (25).
O acidente vitimou cinco membros de uma mesma família, incluindo duas crianças, e deixou a comunidade local consternada. A embarcação, que transportava nove pessoas, retornava de uma chácara localizada na região do povoado Setor Agrícola quando colidiu com uma pedra, provocando o capotamento e a queda dos ocupantes na água.
Das nove pessoas a bordo, quatro foram resgatadas com vida, mas Carlos Eduardo Silva Leite, de apenas 9 anos, foi retirado da água ainda com sinais vitais e, apesar dos esforços, não resistiu.
Uma outra criança de cinco anos, que havia ingerido grande quantidade de água, foi reanimada na margem do rio e encaminhada em estado grave para uma unidade hospitalar de referência da região.
As buscas foram dificultadas pela baixa visibilidade ao anoitecer e retomadas na manhã seguinte, quando os corpos foram localizados com o auxílio de barqueiros voluntários, sob a coordenação do Corpo de Bombeiros Militar.
As vítimas fatais foram identificadas como Duval Silva Freitas, de 42 anos; José Ribamar Cavalcante Magalhães, de 65 anos; André Silva Leite, de 40 anos; Moisés Silva Freitas, de 11 anos; e Carlos Eduardo Silva Leite, de 9 anos. Todos eram moradores da cidade de Imperatriz.
A embarcação não estava sendo utilizada para lazer no momento do acidente, o que reforça a importância da conscientização sobre a segurança em travessias mesmo em atividades cotidianas.
O trecho do rio onde ocorreu o acidente é considerado perigoso para navegação, especialmente com o nível das águas mais baixo, o que evidencia a necessidade de maior sinalização e orientações preventivas para evitar novos acidentes.
A tragédia reacende o debate sobre a segurança em rios da região amazônica e do nordeste, onde muitas famílias dependem do transporte fluvial e enfrentam riscos diários devido à precariedade das embarcações e à falta de fiscalização efetiva.