Em meio à rotina de trabalho e planos para o futuro, a jovem Ellen Cristina Caetano, de 19 anos, viu seus sonhos interrompidos de maneira brutal. Mãe de uma criança de apenas três anos, Ellen buscava estabilidade e almejava alcançar metas simples, como obter sua carteira de habilitação e adquirir um veículo.
Com a vida voltada à família e ao esforço no emprego, ela representava, para seu pai, um símbolo de dedicação e esperança. O cenário, contudo, foi drasticamente alterado por um ato de violência.
O crime ocorreu em uma distribuidora de bebidas na cidade de Goiânia, capital do estado de Giás, onde Ellen trabalhava. Segundo investigações da polícia, ela foi morta a facadas por um cliente identificado como Helber Silvino de Freitas Lopes, de 43 anos.
O ataque teria sido motivado após Ellen intervir em defesa de uma colega de trabalho, uma adolescente de 17 anos que relatou ter sido assediada e ameaçada pelo agressor, que aparentava estar alcoolizado.
Após a discussão inicial, ele deixou o local, mas retornou mais tarde, supostamente com a faca adquirida em uma loja próxima. De acordo com o delegado responsável pelo caso, o homem procurava pela adolescente quando Ellen, que havia trocado de lugar com a colega para protegê-la, acabou sendo confrontada.
Imagens de segurança mostraram a tentativa da jovem de escapar pulando o balcão, mas ela foi alcançada e atingida com golpes fatais. O Corpo de Bombeiros confirmou que ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O autor do crime foi encontrado escondido em uma mata próxima e preso em flagrante.
Ele alegou legítima defesa, versão que está sendo investigada. O corpo de Ellen foi velado em Firminópolis, cidade onde nasceu, e a distribuidora onde ela trabalhava expressou profunda tristeza pelo ocorrido, repudiando qualquer forma de violência.
O caso reacende debates sobre a segurança de trabalhadoras em estabelecimentos comerciais e a importância de medidas mais eficazes para prevenir situações de assédio e violência no ambiente profissional.