Casos de violência contra mulheres seguem alarmando as autoridades e a sociedade civil, especialmente quando envolvem vítimas brasileiras no exterior. Em um episódio recente que chocou a comunidade amapaense, Jenife Silva, de 37 anos, foi encontrada morta em circunstâncias violentas na cidade de Santa Cruz, na Bolívia.
Natural de Santana, no Amapá, Jenife havia retornado ao país vizinho com um objetivo prático: buscar seu diploma de medicina, curso que havia finalizado antes de voltar ao Brasil.
Segundo informações de uma amiga próxima, Jenife estava estabelecida novamente no Amapá, junto aos dois filhos, um menino e uma menina, mas precisou viajar a Santa Cruz para concluir trâmites burocráticos relacionados à documentação de sua graduação.
No entanto, sua vida foi tragicamente interrompida antes que pudesse concluir esse processo. O corpo da brasileira foi encontrado em seu apartamento na zona norte da cidade boliviana, já sem vida e com evidentes sinais de agressão física.
As investigações preliminares da polícia boliviana apontam para um possível feminicídio. O principal suspeito do crime é o companheiro da vítima, cuja identidade não foi oficialmente divulgada.
O promotor encarregado do caso, Daniel Ortuño, informou que o corpo foi enviado ao necrotério judicial da região, onde será submetido a uma autópsia detalhada.
O procedimento visa esclarecer a causa exata da morte, o tipo de ferimentos sofridos e as circunstâncias em que ocorreram, informações essenciais para o avanço do inquérito.
A morte de Jenife reacende o debate sobre a segurança de mulheres que vivem ou viajam sozinhas, principalmente em contextos internacionais. Também evidencia a necessidade de maior cooperação entre os países no combate à violência doméstica e ao feminicídio.
Familiares aguardam por justiça, enquanto a dor da perda se mistura à indignação diante de um crime brutal e ainda sem resolução definitiva. Não há informações sobre o velório e sepultamento da vítima.