Nesta terça-feira (03/06), uma decisão da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo determinou a prisão do humorista Léo Lins. A sentença foi sobre um processo movido em 2022, quando o humorista realizou uma apresentação atacando várias minorias.
A apresentação aconteceu durante um show do humorista, mas o vídeo foi disponibilizado no youtube. O texto da apresentação causou enorme polêmica e acabou virando alvo de uma denúncia criminal.
No texto, Lins faz “piada” com negros, portadores de deficiências, portadores de HIV, escravizados, judeus, evangélicos, homossexuais, entre outras. Lins também foi criticado por fazer “piada” com vítimas de abuso.
Após a decisão, vários humoristas saíram em defesa de Léo Lins. Antonio Tabet, Thiago Ventura, Jonathan Nemer, Renato Albani e Danilo Gentili foram alguns dos que se manifestaram contra a prisão do humorista.
“Pode-se não achar a menor graça ou até detestar as piadas de Leo Lins, mas condená-lo à prisão por elas é uma insanidade e um desserviço. Espero que essa decisão completamente descabida seja revertida”, escreveu Tabet.
A discussão entre “censura” e “liberdade de expressão” neste, e em outros casos semelhantes, sempre geram muitas opiniões nas redes sociais. Na decisão que decretou a prisão do humorista, a Justiça destacou que Lins extrapolou o princípio de liberdade de expressão e realizou discurso de ódio.
https://www.instagram.com/reel/DKcfMiKNHy9/
O texto da decisão também ressalta que, ao longo da apresentação, Léo Lins reconhece que as piadas poderiam lhe render problemas jurídicos, mas continua com as provocações polêmicas.
Léo Lins terá o direito de recorrer da decisão e já sinalizou que deve fazer isso. Na sentença proferida hoje, o humorista foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão, além de multa. Lins é um dos humoristas mais polêmicos do país.