O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro a comparecer ao velório da mãe de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, nesta terça-feira (3).
A decisão incluiu a permissão para que Bolsonaro tenha contato com Valdemar durante o evento, algo que normalmente está proibido devido a uma medida restritiva em vigor desde fevereiro, relacionada à investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
A solicitação foi apresentada pela defesa de Bolsonaro, que destacou o caráter excepcional do pedido. No documento, os advogados comprometeram-se em nome do ex-presidente a evitar discussões sobre as investigações em curso.
Tanto Bolsonaro quanto Valdemar estão entre os 37 indiciados pela Polícia Federal (PF) sob acusações de golpe de Estado, abolição violenta do Estado de Direito e organização criminosa. Ambos negam as acusações, que resultaram em restrições de comunicação entre todos os investigados.
A medida temporária abre uma exceção para que o ex-presidente possa viajar até a cidade de Mogi das Cruzes, localizada no interior do estado de São Paulo, destacando o impacto humano do luto e a relevância do contexto.
Contudo, a proibição geral de contato entre os investigados permanece em vigor, alinhada às estratégias processuais que visam assegurar a lisura das investigações.
O episódio reflete as tensões entre as obrigações judiciais e as questões pessoais, reforçando os desafios de manter o equilíbrio entre direitos individuais e os avanços das investigações. A permissão, embora pontual, traz à tona o peso das restrições judiciais em momentos delicados como o luto.
