Um caso de crime premeditado envolvendo a morte de uma mulher no Triângulo Mineiro chocou a cidade de Uberlândia nesta quinta-feira (5). Aldo Fabiano Lancelotti, de 43 anos, foi preso sob a suspeita de planejar um acidente de carro para matar sua ex-esposa, Maria Cláudia Santos Freitas, de 44 anos.
O suposto crime, ocorrido em 30 de agosto de 2024, teria como motivação o recebimento de um seguro de vida avaliado em R$ 1 milhão. De acordo com a Polícia Civil, a investigação revelou que o acidente foi minuciosamente arquitetado.
Aldo teria desativado o airbag do lado da passageira, onde Maria Cláudia estava, e escolhido previamente a árvore contra a qual o carro colidiu. No momento do acidente, ele dirigia o veículo alugado por Maria Cláudia e alegou que o sol teria ofuscado sua visão, causando a batida.
Contudo, a perícia constatou que a posição do sol na hora do ocorrido não sustentava essa versão. O velocímetro do carro registrava 60 km/h, acima do limite de 40 km/h da via.
A suspeita de homicídio foi reforçada quando os investigadores descobriram que Aldo reatou o relacionamento com Maria Cláudia no início de 2024, após um período de separação, possivelmente com a intenção de executar o plano criminoso.
O casal tinha um histórico conturbado, incluindo uma medida protetiva contra Aldo obtida por Maria Cláudia. Pouco antes do acidente, foram contratadas apólices de seguro de vida em nome da vítima, sendo que Aldo era o beneficiário principal.
A última apólice, no valor de R$ 1 milhão, foi assinada apenas 20 dias antes do incidente. A Polícia Civil também encontrou munições de uso restrito na casa de Aldo durante o cumprimento do mandado de prisão.
Ele foi encaminhado ao Presídio Professor Jacy de Assis e continua negando o crime, alegando que tudo não passou de um acidente. O caso chama atenção para a complexidade de crimes premeditados envolvendo relações pessoais e benefícios financeiros.
A investigação detalhada destacou a importância de perícias técnicas e do trabalho investigativo minucioso para desmascarar tentativas de encobrir crimes com aparência de fatalidades.
O desfecho desse caso reforça a necessidade de rigor na análise de acidentes suspeitos e a vigilância sobre fatores motivados por interesses econômicos.
