Nesta quarta-feira (15/01), a imprensa internacional confirmou que Hamas e Israel chegaram a um acordo para alcançar um cessar-fogo na faixa de Gaza. O território palestino vinha sendo alvo de uma ação radical do exército de Israel.
A ação militar foi deflagrada após o atentado conduzido pelo Hamas, no dia 7 de outubro. Na ocasião, o grupo deixou cerca de 1200 mortos em território israelense, além de ter sequestrado cerca de 250 vítimas.
O acordo de cessar-fogo é assinado após 467 dias de confronto, que deixaram mais de 40 mil mortos em Gaza, segundo números oficiais. O número de mortos, vale ressaltar, pode ser maior.
Segundo as informações que vem sendo divulgadas, o acordo só passará a valer a partir de domingo. Além disso, alguns pontos foram acertados entre as duas partes, incluindo uma troca de reféns.
De acordo com informações da Associated Press, que teve acesso a um rascunho do acordo de cessar-fogo, Israel teria concordado em deixar o norte de Gaza – que havia sido totalmente ocupado por militares israelenses depois da expulsão de palestinos.
O cessar-fogo também prevê a entrada de ajuda humanitária, que vinha sendo bloqueada por Israel ao longo dos últimos meses. Ainda nesta quarta, dezenas de caminhões já foram vistos entrando em Gaza.
Apesar do cessar-fogo ter sido comemorado por ambas as partes – em Israel, existe ainda uma grande pressão para que o governo recupere os reféns – o futuro ainda é incerto. Uma das grandes questões gira em torno da gestão do território de Gaza.
A Cisjordânia, que também é território palestino, é governado pela Autoridade Palestina. Gaza, por outro lado, é governada pelo Hamas, que não é apenas um grupo terrorista, mas também desempenha papeis de gestão dentro do território.