Rodovias brasileiras registram diariamente inúmeros acidentes, mas quando envolvem veículos de grande porte, como ônibus, a possibilidade de vítimas em maior número se intensifica.
O transporte coletivo, essencial para o deslocamento de trabalhadores, se torna um ponto sensível na segurança viária, especialmente em trechos com más condições de visibilidade e falhas mecânicas. Um caso recente na Grande João Pessoa ilustra bem esse cenário.
Na manhã desta terça, dia 17 de junho, um ônibus que levava colaboradores da fábrica Alpargatas S/A colidiu com a lateral de um caminhão estacionado no acostamento da BR-230. O coletivo saiu de Mogeiro com destino à unidade da empresa em Santa Rita.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o caminhão estava parado devido a um problema na embreagem, e o tempo chuvoso teria prejudicado a visibilidade, dificultando a manobra do motorista do ônibus.
A colisão resultou na morte de Severino Martins da Silva, de 44 anos, e deixou mais de 25 pessoas feridas. Entre os feridos, nove foram levados ao Hospital de Trauma de João Pessoa, e outros 20 receberam atendimentos ambulatoriais.
Segundo o Corpo de Bombeiros, uma das passageiras sofreu traumatismo craniano e está em estado grave. A maior parte dos ferimentos envolveu fraturas nos membros inferiores região que coincide com a altura dos assentos do ônibus. Veja imagens do resgate:
A empresa Alpargatas, em nota, afirmou estar prestando total apoio aos envolvidos, incluindo assistência às famílias. A PRF abriu investigação para apurar a dinâmica e as responsabilidades do acidente, que causou a interdição parcial da via até o fim da manhã.
Casos como este reforçam a necessidade de maior rigor na manutenção preventiva de veículos e na sinalização de emergência em rodovias. Pequenas falhas técnicas ou descuidos, aliados a condições climáticas adversas, podem desencadear acidentes com consequências sérias para dezenas de pessoas.
