O brasileiro Vitor de Sousa Lima foi detido pelo Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE) no último sábado (25), em Boston, e classificado pela Casa Branca como um dos “piores criminosos” em recente operação de imigração.
Ele havia sido condenado por homicídio culposo em um acidente de carro ocorrido em Minas Gerais e atualmente está detido no Centro de Correções do Condado de Strafford, no estado de Massachusetts.
“Sob a liderança do presidente Trump, os agentes do ICE estão trabalhando incansavelmente para proteger nossas comunidades. De estup*** de crianças a suspeitos de terrorismo do ISIS, aqui estão alguns dos piores,” diz o texto na publicação da Casa Branca que informa sobre prisão de brasileiro.
A inclusão do brasileiro na lista de presos destacados pelo ICE coloca-o ao lado de indivíduos acusados de crimes graves, como abuso de crianças, posse de drogas ilegais e envolvimento com terrorismo.
Entre os nomes citados, está o de um jordaniano, cuja identidade foi mantida em sigilo, acusado de suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico. A agência americana ainda não respondeu a solicitações de mais informações sobre a situação jurídica de Sousa Lima.
A prisão de Sousa Lima ocorre em meio a uma ampla operação de fiscalização imigratória nos Estados Unidos. Nos últimos dias, o ICE efetuou 1.417 prisões de imigrantes, um número significativamente superior à média diária de cerca de 310 detenções registradas no último ano fiscal, encerrado em setembro de 2024.
A intensificação das prisões foi destacada pelo ex-diretor do ICE, Tom Homan, que indicou que a estratégia da agência está agora focada em pessoas consideradas ameaças à segurança pública e nacional.
A classificação de Sousa Lima como uma figura de destaque entre os detidos pela operação levanta questões sobre a política de imigração americana e a forma como são tratados casos de imigrantes com antecedentes criminais.
A iniciativa reflete a postura mais rigorosa adotada em relação à fiscalização e detenção de estrangeiros, especialmente os que apresentam histórico de crimes. Enquanto isso, o caso do brasileiro gera repercussão tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, com pedidos por mais esclarecimentos sobre os detalhes de sua detenção e julgamento.