Nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um acordo feito com a gigante chinesa Shein. O governo vai adotar o chamado “imposto digital” sobre gigantes que movimentam compras online no país.
A movimentação vai de encontro ao que cobravam varejistas locais, mas garante o abono de novas taxas sobre o consumidor final. Isto é, quem compra na Shein não vai pagar mais caro.
“Para evitar qualquer tipo de problema, vamos seguir o exemplo dos países desenvolvidos: um imposto digital (…)Vai ficar tudo legalizado, protegendo a concorrência legal. Todo mundo na mesma página, nas mesmas condições”, declarou o ministro.
Empresas como AliExpress e Shoppee, que também são acusadas de praticar comércio desleal por varejistas brasileiras, também já sinalizaram ao governo brasileiro a intenção de aderir a proposta.
A movimentação atendia um pedido direto do presidente Lula, que havia se oposto ao fim da isenção de impostos sobre o consumidor final que compra como pessoa física, que vale para compras até 50 dólares.
Na mesma esteira do anúncio do governo, a gigante chinesa também anunciou o projeto de trazer ao Brasil a fabricação de até 85% de seus produtos.
Com isso, a empresa prevê um investimento de R$750 milhões e a criação de cerca de 100 mil empregos.
A adoção do imposto atende as exigências de empresários locais, grandes varejistas, que criticavam a “deslealdade” do comércio para grandes exportadoras internacionais, que vendem o produto final, mas não investem no país.