Nesta quinta-feira (12/07), o goleiro baleado dentro de campo em Goiás se pronunciou pela primeira vez. Ramon Souza vai ficar afastado dos campos por 4 meses em decorrência da lesão na perna.
Ramon é atleta do Grêmio Anápolis e disputava uma partida pela Divisão de Acesso do Campeonato Goiano. Após o apito final, houve uma confusão na beira do gramado e um policial reagiu de forma violenta, disparando a queima-roupa contra o jogador.
Até o momento, o policial em questão não teve o nome informado. Ele é alvo de ação na Justiça Desportiva, onde é pedido que o PM não volte a atuar em eventos esportivos. Além disso, ele também pode responder criminalmente. Por fim, representantes do goleiro também pretendem processar o estado.
Em depoimento à polícia, Ramon alegou que a confusão começou entre um atleta do outro clube e um gandula. Depois, a confusão foi se expandindo e envolvendo mais pessoas. Ainda segundo o jogador, a confusão já tinha se acalmado quando o PM começou a agir de forma truculenta.
Após empurrar um atleta do Grêmio Anápolis, o PM teria mandado que Ramon se afastasse. O goleiro então teria pedido que o PM abaixasse a arma, sendo atingido pelo disparo logo na sequência.
“Nunca imaginei passar (por isso). A gente fica abalado psicologicamente. Eu estava no meu ambiente de trabalho, nunca imaginei que chegaria a esse ponto. Agora é continuar fazendo o que sempre faço, trabalhar para melhorar e voltar a jogar futebol quanto antes“, disse Ramon, de apenas 22 anos.