Em um episódio que por pouco não levou à uma tragédia gerou grande comoção e enorme preocupação para a população de uma pequena cidade do Sul de Minas Gerais, uma situação inusitada e preocupante envolveu uma aluna da rede municipal de ensino.
O cenário deste caso bizarro foi o município de Itamonte, com cerca de 14 mil habitantes, uma criança de apenas quatro anos levou para a escola papelotes com uma substância ilícita, o que colocou em risco a saúde de colegas de sala e provocou mobilização das autoridades locais.
O caso ocorreu na tarde de sexta-feira, dentro da Escola Municipal Mariana Silva Guimarães. A estudante chegou ao colégio com cerca de vinte invólucros contendo cocaína, escondidos em sua mochila.
O conteúdo foi distribuído entre os colegas de classe como se fossem doces, mais precisamente balas de coco. O engano levou oito crianças a experimentarem a substância, mas elas cuspiram imediatamente o pó branco ao sentirem um gosto amargo.
A professora foi alertada pelos próprios alunos e, ao revistar os pertences da menina, localizou parte do material suspeito. Levando a situação à coordenação, a menina relatou que os papelotes foram retirados da mochila de seu pai.
A direção da escola acionou os pais dos alunos, enquanto aguardava a chegada da Polícia Militar. O pai da criança foi o primeiro a chegar, e, ao ser confrontado com o que havia ocorrido, teria recolhido parte dos papelotes e saído rapidamente do local, sem dar explicações.
Posteriormente, a polícia confirmou que ele já possuía histórico criminal por tráfico de drogas. Durante as buscas no ambiente escolar, foram encontrados 16 papelotes, entre lacrados e parcialmente abertos.
A perícia da Polícia Civil confirmou que o conteúdo era cocaína. Todas as 18 crianças da turma foram levadas ao hospital municipal, onde passaram por exames médicos e coleta de amostras de urina.
O material foi enviado ao laboratório especializado em Taubaté, interior de São Paulo. Felizmente, nenhuma das crianças apresentou sintomas de intoxicação.
Segundo o comandante da Polícia Militar local, o homem teria tentado recuperar parte da droga antes da chegada das autoridades, mas não conseguiu recuperar todos os invólucros.
Ao perceber que a filha ainda havia levado mais papelotes do que imaginava, ele fugiu. A polícia agora o considera foragido, sendo procurado por tráfico e por expor menores a substâncias perigosas. A identidade do suspeito foi mantida em sigilo para proteger a criança envolvida.
O episódio reforça a necessidade de atenção redobrada sobre o ambiente doméstico de crianças pequenas, principalmente em contextos onde há suspeita ou histórico de envolvimento com atividades ilícitas.
A rápida resposta da escola e das autoridades impediu que o caso tivesse consequências mais graves, mas levanta um alerta sobre os riscos ocultos que ainda rondam os espaços frequentados por crianças.