A Polícia Civil do Piauí investiga um caso de furto qualificado e associação criminosa envolvendo um funcionário de uma empresa que fica no Baixa Grande do Ribeiro. O suspeito, cujo nome não foi revelado, procurou a polícia na sexta-feira, 1º de setembro, para confessar que desviou R$ 500 mil da empresa onde trabalha.
Ele admitiu ter utilizado a quantia para realizar apostas na plataforma de jogos “Tigrinho”, buscando lucro que nunca veio, conforme detalhou o delegado Marcos Halan. Em um dia, o funcionário chegou a depositar R$ 140 mil na plataforma, além de contrair empréstimos para sustentar seu vício em jogos.
“Em um só dia ele chegou a depositar R$ 140 mil na plataforma, além de ter feitos empréstimos para alimentar o vício. Na delegacia já vêm ocorrendo alguns casos de pessoas cometendo crimes para alimentar o vício em jogos, mas nesse caso o destaque foi a vultosa quantia gasta“, destacou o delegado.
O delegado Halan mencionou que, embora a delegacia já tenha registrado outros casos de crimes associados a vícios em jogos de azar, a magnitude do valor desviado neste caso chamou atenção.
Segundo a investigação inicial, o suspeito não obteve retorno financeiro e perdeu todas as apostas realizadas na plataforma. A denúncia foi feita pela própria empresa, onde o jovem de 26 anos estava empregado há quatro anos.
A administração da companhia acredita que o total desviado pode ultrapassar R$ 600 mil, enquanto o funcionário admite ter subtraído R$ 500 mil. A polícia anunciou que realizará uma auditoria nas contas da empresa para confirmar o valor exato do prejuízo.
Esse caso ilustra os riscos e as consequências do vício em jogos de azar, que pode levar indivíduos a práticas criminosas em busca de sustentar compulsões. A situação destaca a importância de políticas de prevenção e apoio a pessoas com dependências, além de reforçar a necessidade de um ambiente de trabalho seguro e transparente para detectar possíveis fraudes e desvios desde o início.