Quem acompanha a carreira do cantor Roberto Carlos sabe que ele sempre manteve sua vida pessoal longe dos holofotes da fama.
Conhecido como o ‘Rei’ da música brasileira, Roberto Carlos é sinônimo de sucesso, com uma carreira vitoriosa e milhões de fãs o capixaba viveu momentos difíceis que começaram em sua infância.
Na biografia sobre Roberto Carlos, de autoria de Paulo Cesar de Araújo, há o relato de como o cantor com apenas 6 anos sofreu um acidente que mudaria para sempre sua vida.
O acidente aconteceu no ano de 1947, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, que fica no interior do estado do Espírito Santo. De acordo com a biografia, era dia de São Pedro e Roberto Carlos chamou uma amiga conhecida como Fifinha, para ver as comemorações.
Naquele dia, por volta das 9h30, uma professora viu Roberto Carlos e Fifinha muito perto da linha de trem e uma locomotiva se aproximava.
A professora tentou chamar a atenção das crianças por causa do perigo inerente, contudo, Roberto Carlos teria se assustado e acabou tropeçando.
Eunice Solino (Fifinha), revelou que a professora fez o possível para tentar evitar o acidente, mas foi não foi possível.
“Me lembro da professora na frente do trem, gritando para o maquinista parar. Mais um pouco e ela também podia ter sido atropelada, porque se desesperou, coitada. Guardo até hoje essa imagem comigo”, disse Fifinha.
Roberto Carlos foi atropelado e perdeu parte da perna direita, uma multidão se aproximou do local e um jovem identificado como Renato Spíndola e Castro, foi quem prestou os primeiros socorros ao cantor, fez um torniquete com seu paletó de linho e levou o menino ao hospital em seu próprio carro.
O “sangue no linho branco”, na letra de “O Divã”, é uma referência ao rapaz que socorreu aquele menino que seria o futuro ‘Rei Roberto Carlos’.
“O Divã” (“Relembro bem a festa, o apito/E na multidão um grito/O sangue no linho branco”) e “Traumas” (“Falou dos anjos que eu conheci/No delírio da febre que ardia/Do meu pequeno corpo que sofria/Sem nada entender”).
‘Roberto Carlos Outra Vez’ é a biografia citada acima.