Flordelis, ex-deputada federal e condenada pelo assassinato do marido, Anderson do Carmo, foi encaminhada para a solitária do Instituto Penal Talavera Bruce, no Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro, após um celular ser encontrado na cela que divide com outras três detentas.
A descoberta foi feita por agentes penitenciários durante uma vistoria na última quarta-feira (4). A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) abriu uma investigação para apurar a origem do aparelho e como ele entrou na unidade prisional.
Embora Flordelis tenha negado o uso do telefone, afirmando que o aparelho estava embaixo da cama de outra presa, ela foi punida juntamente com as colegas de cela. Além do isolamento, todas perderam regalias, como visitas íntimas e aulas de crochê.
A ex-deputada apresentou um quadro de pressão alta após o ocorrido e foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo de Bangu, onde passou a noite em observação. Após novos exames na sexta-feira, ela retornou ao presídio.
Detida desde 2021, Flordelis permanece em uma ala considerada “segura”, o Instituto Djanira Dolores de Oliveira, onde está acompanhada por sua filha, que também foi acusada de envolvimento no crime.
A filha enfrenta tratamento contra um câncer, enquanto Flordelis trata problemas cardíacos e depressão. Apesar da condenação e das adversidades enfrentadas na prisão, a pastora afirma receber inúmeras cartas de apoio de várias partes do mundo.
O episódio reacende o debate sobre a entrada de itens proibidos em unidades prisionais e a responsabilidade de garantir a segurança e o controle nesses espaços, além de trazer à tona a situação de figuras públicas que cumprem pena em condições delicadas.
