De forma recente, foram divulgados novos desdobramentos do caso do idoso Dário Antônio Raffaele D’Ottavio, de 88 anos de idade, cujo corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
O fato de seu corpo ter sido achado neste estado indica que houve um longo período de ocultação e um laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que sua morte ocorreu entre seis meses e dois anos da descoberta.
“Trata-se de cadáver do sexo masculino, em decomposição avançada, com intervalo perimortem que pode variar entre seis meses e dois anos”, foi dito no documento divulgado.
O laudo concluiu que não há sinais de uma morte violenta, mas que a causa exata da morte não pôde ser determinada por conta ao avançado estado em que se estava o corpo.
Essas conclusões são consistentes com os depoimentos de testemunhas que disseram que não viam mais o idoso há cerca de dois anos. Diante disso, os filhos dele foram presos no dia 21 de maio, como principal suspeitos de manter o corpo do pai em casa.
Os filhos, Marcelo e Tânia, tiveram a prisão mantida após uma audiência de custódia que foi realizada no dia 24 de maio. Eles ainda não possuem um advogado de defesa.
A principal linha de investigação aponta que os irmãos ocultaram o óbito para que continuassem recebendo os benefícios do INSS do pai, um valor que totalizava aproximadamente 5 mil reais mensais.
Deste valor, 3,5 mil eram referentes à aposentadoria e o restante a uma pensão por morte, que Dario recebia desde 2014. Foi apurado que os benefícios seguiam ativos e agora a Polícia quer entender se os filhos realizavam os saques.
A situação macabra apenas foi descoberta após ter sido realizado denúncias por parte dos vizinhos que estranharam não terem mais visto o idoso. Com a investigação, o esqueleto dele foi encontrado no armário.