Morta com pelo menos 10 facadas nas costas, Elisabeth Tenreiro, 71 anos, tinha escolhido dar aula. Tenreiro já era aposentada, mas “curtia” ser professora. Quem fez a revelação foi um de seus filhos, Marco Antônio de Moraes Barros Filho.
Segundo Marco, a mãe não tinha preocupações financeiras já que tinha uma aposentadoria. Entre os anos de 1975 e 2020, Elisabeth foi servidora do Instituto Adolfo Lutz, mas se aposentou para entrar na sala de aula.
“Ou ela continuava no Adolfo Lutz ou continuava na escola. E escolheu a escola”, disse o filho. Elisabeth dava aula no E.E. Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo até ano passado. Ela chegou no Thomazia Montoro neste ano.
O caso
Um aluno de 13 anos, armado com uma faca, invadiu o Thomazia Montoro nesta segunda-feira (27). Elisabeth foi a única vítima fatal, embora o garoto tenha conseguido ferir outras pessoas.
O agressor, na semana passada, havia se envolvido em uma briga. Ele, segundo testemunhas, havia feito ofensas racistas contra um aluno, o que resultou em uma briga – que foi apartada com ajuda de Elisabeth.
Segundo as informações até o momento, Elisabeth teria se tornado um alvo do agressor por ter separado a briga da semana passada. O aluno, vítima de racismo, teria faltado a aula nesta segunda-feira (27).
Elisabeth teria recebido pelo menos 10 facadas. A professora foi atingida inicialmente por um golpe nas costas, enquanto checava o celular diante da mesa onde lecionava.