O cantor Leonardo foi incluído na “lista suja” do trabalho escravo, divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta segunda-feira, dia 7 de outubro.
A lista traz informações sobre empregadores que foram flagrados submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão. Em novembro do ano passado, seis pessoas foram encontradas em condições degradantes na Fazenda Talismã, localizada no interior de Goiás e pertencente a ele.
A Fazenda Talismã, que serve como refúgio para a família de Leonardo, já havia sido palco de outros acontecimentos trágicos. Em fevereiro de 2021, Newton Rodrigues Silva Passini, amigo de infância e assessor do cantor, morreu após ser atingido por um disparo acidental de uma arma.
Passim, como era conhecido, foi encontrado morto em uma banheira por volta das 12h30, e a Polícia Civil estimou que ele já estava sem vida há cerca de 10 horas.
Além dessa tragédia, a fazenda também foi envolvida em um incidente policial em 2022, quando um avião carregando 400 kg de pasta-base de cocaína pousou sem autorização na propriedade. O confronto deixou duas pessoas sem vida.
No caso mais recente, a inclusão de Leonardo na lista de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão ocorreu após uma fiscalização do MTE.
O relatório apontou que seis trabalhadores, incluindo um adolescente de 17 anos, pernoitavam em uma casa abandonada, sem água potável ou banheiros adequados, e dormiam em camas improvisadas. O local também estava infestado de insetos e morcegos, além de exalar um forte odor.
A defesa de Leonardo afirmou que a área da fazenda onde ocorreu o incidente estava arrendada para um produtor de soja, e que a responsabilização foi direcionada ao arrendatário.
Leonardo, segundo sua assessoria, já havia pago uma multa e os trabalhadores foram indenizados. O cantor pretende acionar a Justiça para entender por que seu nome foi incluído na lista suja.
Edição: Leonardo se manifestou e negou que a irregularidade tenha acontecido em sua Fazenda Talismã. O cantor afirma que o caso foi observado na Fazenda Lacanca, que pertence a ele, mas estava sendo gerida por terceiros.
