A dúvida sobre a frequência ideal de lavagem dos cabelos ainda é motivo de incerteza para muitas pessoas. Entre mitos populares e conselhos contraditórios, a pergunta persiste: será que lavar o cabelo todos os dias faz mal? Segundo especialistas, a resposta depende de diversos fatores — e a ciência tem desmentido algumas das ideias mais comuns.
De acordo com o dermatologista Álex Docampo, a crença de que a lavagem diária aumenta a oleosidade ou agride os fios não tem base científica na maioria dos casos.
Para o especialista, o problema está justamente na falta de higienização. Um couro cabeludo que não é limpo regularmente pode sofrer irritações ou até desenvolver inflamações. Por isso, ele defende que a lavagem frequente, ao contrário do que muitos pensam, é benéfica, desde que feita de forma adequada.
Docampo ressalta que o ideal é encontrar um ritmo que atenda às características individuais de cada pessoa. O tipo de pele e a textura do cabelo devem ser considerados na hora de definir a rotina de cuidados.
A Academia Americana de Dermatologia (AAD) também compartilha essa visão. No site da instituição, especialistas afirmam, por exemplo, que pessoas com cabelos lisos e couro cabeludo oleoso podem, sim, lavar os fios diariamente sem prejuízos.
A produção natural de oleosidade pela pele influencia diretamente nessa escolha. Peles mais oleosas pedem lavagens mais frequentes, enquanto peles secas suportam maiores intervalos sem comprometer a saúde capilar. Segundo os especialistas, observar esses sinais do corpo é essencial.
Quando a rotina de cuidados não está adequada, o couro cabeludo costuma manifestar sintomas claros. Coceira constante, descamação visível e excesso de oleosidade são alguns dos sinais de alerta que indicam a necessidade de ajustar tanto a frequência de lavagem quanto os produtos utilizados.
Dessa forma, lavar os cabelos diariamente não é, por si só, um vilão. O importante é respeitar o tipo de cabelo, identificar os sinais que o corpo dá e adotar uma rotina de higiene que combine com seu perfil.
