O caso do cirurgião plástico Hosmany Ramos, condenado por tentativa de homicídio, tem gerado grande repercussão na mídia e entre internautas. Conhecido por seu passado polêmico, Ramos recebeu uma pena de 10 anos, cinco meses e dez dias de reclusão após atirar no rosto de um homem em Itajaí (SC).
O pedido do promotor para que a sociedade reflita sobre a conduta do réu foi amplamente compartilhado, mas o destaque maior foi o apelo inusitado de alguns em favor de sua reabilitação, que dividiu opiniões.
O incidente ocorreu em maio deste ano, quando Ramos, sob o pretexto de avaliar um terreno para compra, pediu à vítima que parasse o carro. No local, ele atirou contra o homem, que conseguiu reagir e, com a ajuda de um transeunte, desarmá-lo.
O julgamento, realizado no Tribunal do Júri, acolheu integralmente a denúncia do Ministério Público, considerando a tentativa de homicídio como qualificada por dissimulação, o que aumentou a gravidade da pena.
Internautas consideraram o caso intrigante não apenas pela brutalidade do crime, mas também pelo passado do médico, que já havia cumprido pena de 35 anos por uma série de delitos, incluindo sequestro e homicídio.
Comentários variaram entre apoio à condenação e críticas à reincidência de Ramos, destacando que um profissional dedicado a salvar vidas escolheu trilhar um caminho de violência. O promotor de justiça José da Silva Junior enfatizou a ironia do comportamento do médico.
“Ele tentou se esconder por trás de um nome famoso na medicina, mas suas escolhas acabaram desmoronando essa credibilidade”, pontuou. O caso, de grande complexidade, levanta questões sobre reabilitação, justiça e reincidência no sistema penal brasileiro.