Viver sob ameaças constantes é a realidade de muitas vítimas de violência doméstica, que, além de enfrentarem o agressor diariamente, convivem com o medo de que suas vidas possam ser ceifadas de maneira brutal. Esse temor acaba moldando suas rotinas e até suas escolhas, enquanto o silêncio e a insegurança as cercam.
Foi exatamente esse medo que Joice dos Santos Silva Cirino, professora de 36 anos, enfrentou até seus últimos momentos. Ela havia alertado familiares de que temia ser assassinada pelo próprio marido.
Áudios e fotos enviados a sua irmã revelavam que Joice desconfiava de que o companheiro pudesse estar envenenando sua comida. Em uma dessas mensagens, ela explicitamente mencionou: “Se eu passar mal, foi ele“. Suas palavras prenunciaram uma tragédia que ocorreu de forma brutal.
Joice morreu após consumir uma coxinha oferecida pelo marido. O alimento, que também foi oferecido ao filho do casal, foi recusado pela criança, que preferiu comer outra coisa. Infelizmente, Joice não teve a mesma sorte e, pouco depois de ingerir o lanche, começou a passar mal.
Levantada às pressas para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), ela não resistiu e veio a falecer. A equipe médica, suspeitando de envenenamento, acionou a polícia, que iniciou uma investigação imediata.
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O caso segue sendo investigado pela polícia de Alagoas, que já coletou amostras dos alimentos da residência do casal e encaminhou para análise no Laboratório Forense. O marido, que estava em processo de separação de Joice, é o principal suspeito do crime, e o desfecho trágico escancarou o drama silencioso que muitas mulheres vivem dentro de seus próprios lares.
Essa história, infelizmente, é um retrato de como a violência doméstica pode ser letal e como o medo constante acaba sufocando as vítimas, até que o pior aconteça.