Briner de César Bitencourt, de 23 anos, estava preso injustamente e no dia em que seria liberado da prisão após provar sua inocência, morreu. Ele estava preso em uma unidade localizada em Palmas, Tocantins. Briner trabalhava como motoboy e foi acusado de fazer parte do tráfico de drogas.
O jovem chegou a adoecer enquanto estava no sistema prisional. E quando foi finalmente absolvido, morreu horas antes de conseguir ser retirado do local. Agora, a sua defesa quer explicações por parte do estado.
Briner trabalhava como motoboy e tinha o costume de postar mais detalhes de sua rotina nas redes sociais, muitas vezes, mostrando um conteúdo voltado para o humor. Em um de seus vídeos, ele acumulava mais de um milhão de visualizações.
O motoboy foi preso em meados de 2021, sendo condenado por tráfico de drogas, após ter sido encontrada uma estufa utilizada para o cultivo de maconha na casa em que ele morava. No imóvel, estavam três pessoas e sua defesa sempre negou sua participação no crime.
Briner não tinha condenações anteriores, e foi alegado por sua defesa que ele sublocava um quarto na sua casa e não tinha acesso a estufa.
Os envolvidos chegaram a falar para a Polícia que Briner não tinha relação com o crime. Contudo, ele foi preso de forma preventiva. Ele chegou a ser absolvido, mas não foi solto.
Quando estava próximo de seu julgamento, ele começou a sentir fortes dores no corpo, sua saúde piorou e ele teve uma parada cardíaca, assim não resistindo e morrendo antes de conseguir ter sua liberdade novamente.
Família não foi avisada e pede por Justiça
Os familiares ainda relataram que não tinham conhecimento do estado de saúde grave dele. De acordo com a Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju), esse seria um procedimento comum.
“Devido ao sigilo médico/paciente, os atendimentos realizados durante à custódia não são informados”, foi informado.
O órgão ainda disse que a família foi informada sobre o óbito, além de ser convocada para realizar os devidos trâmites.
Agora, os familiares querem Justiça no caso. Um protesto foi feito no dia em que o corpo do jovem foi enterrado. Os familiares realizaram um ato em frente a Unidade Prisional que Briner ficou injustamente por um ano, além de cercarem viaturas.