Na tarde desta quinta-feira, uma aeronave Cessna 210, sem identificação, foi interceptada pela Força Aérea Brasileira (FAB) ao invadir o espaço aéreo no município de Humaitá, no Amazonas, próximo à fronteira com o Peru.
Os ocupantes ignoraram repetidamente as ordens dos militares e acabaram realizando um pouso de emergência. Após tocarem o solo, atearam fogo no avião e fugiram rapidamente, em uma ação suspeita que chamou a atenção das autoridades.
Segundo informações da FAB, o incidente ocorreu por volta das 16h, quando o radar do Sistema de Defesa Aérea Brasileiro (Sisdabra) detectou a entrada clandestina da aeronave no espaço aéreo nacional.
Em resposta, caças A-29 Super Tucano foram acionados para interceptar o avião invasor e executaram medidas de policiamento aéreo, incluindo tiros de aviso e ordens para alteração de rota.
A aeronave, sem plano de voo e sem demonstrar qualquer colaboração, seguiu com manobras evasivas, obrigando a FAB a intensificar as ações de contenção. Pouco antes de receber a ordem final para ser abatida, a tripulação do Cessna optou por um pouso forçado nas proximidades de Humaitá.
Em solo, os criminosos atearam fogo no avião para apagar rastros e, em seguida, fugiram às pressas. A FAB informou que, apesar das dificuldades, conseguiu obter “informações importantes” sobre a aeronave e segue investigando o caso. A origem e o destino do voo ainda são desconhecidos, mas o episódio levanta suspeitas de atividades ilícitas, dado o comportamento dos ocupantes.
O Major-Brigadeiro do Ar João Campos Ferreira Filho, Chefe do Estado-Maior Conjunto do Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), destacou que a operação demonstrou a capacidade da FAB de reagir de forma rápida e precisa a ameaças no espaço aéreo brasileiro.
A missão, segundo ele, foi eficaz e ilustra a habilidade dos militares em interpretar dados e tomar decisões assertivas para proteger a soberania nacional. Este incidente ressalta a importância do monitoramento contínuo do espaço aéreo brasileiro, especialmente em regiões de fronteira onde o tráfego aéreo clandestino é mais frequente.
A vigilância ativa e a pronta resposta das forças de segurança são essenciais para impedir atividades ilegais e garantir a proteção do território nacional. A FAB continua a acompanhar o caso e busca identificar os responsáveis pela ação