O falecimento do empresário, fisiculturista e ex-lutador de MMA André Mussi, ocorrido nesta última terça-feira (22) aos 48 anos, representa uma grande perda para o mundo das artes marciais, especialmente na Bahia, onde ele é considerado um dos pioneiros do esporte.
Mussi, natural de Salvador, faleceu após passar mal enquanto treinava em uma academia no Rio de Janeiro, cidade onde residia. Socorrido para uma unidade de saúde, ele não resistiu, mas a causa específica de sua morte não foi revelada.
O esportista construiu uma carreira notável no MMA, acumulando 11 vitórias e competindo em diversos países, como Brasil, México, Estados Unidos e Portugal. Ele esteve ativo nos octógonos entre 2004 e 2010, ano em que realizou sua última luta oficial.
Reconhecido por sua influência no cenário local, o ex-lutador foi descrito por seu amigo e treinador Renato Velame como uma figura crucial para a modernização do MMA na Bahia. Velame destacou que Mussi “reformulou o modelo de negócio, profissionalizando a modalidade no estado”.
Além de sua carreira como atleta, Mussi foi proprietário da antiga Academia Rush, situada no bairro Costa Azul, em Salvador. O local era um centro de referência para musculação e aulas de artes marciais, onde ele contribuiu diretamente para a formação de outros talentos, como os lutadores Yuri Carlton e Edilberto Crocotá, além de Renato Velame.
Sua contribuição para o esporte também incluiu a organização de eventos de combate como o Clube da Luta e o Bahia Combat, que ajudaram a popularizar as artes marciais no estado e fomentar uma nova geração de lutadores.
O legado de André Mussi, que será sepultado em Salvador, permanece como um marco no desenvolvimento do MMA baiano e brasileiro. Ele deixa esposa e filho, além de uma trajetória que inspirou muitos jovens a ingressar no mundo das lutas e buscar uma carreira profissional no esporte.
Seu falecimento não apenas marca a perda de um pioneiro, mas também reforça a importância de manter viva a memória de quem ajudou a construir o cenário das artes marciais no país. A comunidade de lutadores e admiradores das artes marciais lamenta a sua partida, mas celebra a sua contribuição e a paixão que ele dedicou ao esporte.