O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) confirmou, nesta terça-feira (10), a condenação do ex-participante do Big Brother Brasil, Felipe Prior, por abuso.A decisão, unânime entre os desembargadores, manteve a condenação por um crime ocorrido em agosto de 2014, conforme denúncia do Ministério Público.
Prior já havia sido condenado em primeira instância em julho de 2023, com uma pena de seis anos de prisão em regime semiaberto, mas a sentença foi revista, e a pena aumentada para oito anos, mantendo o regime inicialmente semiaberto.
O julgamento foi conduzido pelos desembargadores Luiz Tolosa Neto, Ruy Alberto Leme Cavalheiro e Márcia Lourenço Monassi.Segundo o tribunal, o ex-BBB responde a outros três processos por abuso, todos tramitando na Justiça paulista. À época dos fatos, Prior e a vítima estudavam na Universidade Presbiteriana Mackenzie e residiam na Zona Norte da capital.
De acordo com o relato da vítima, o crime aconteceu após uma festa universitária, quando Prior ofereceu carona para ela e uma amiga. Após deixar a outra colega em casa, ele teria começado a assediar a vítima e teria cometido o abuso dentro do carro, aproveitando-se do fato de que ela estava alcoolizada e não conseguia reagir.
O processo de primeira instância foi descrito como complexo, com o depoimento de 19 testemunhas. A sentença inicial destacou a coerência dos relatos, que, somados às provas apresentadas, resultaram na condenação de Prior.
Ele se tornou réu em 2020, após a Justiça de São Paulo acatar a denúncia feita por três mulheres, que relataram crimes de estupro e tentativa de estupro ocorridos entre 2014 e 2018.
As acusações que envolvem Felipe Prior permanecem sob segredo de Justiça, e ele terá dez dias para apresentar sua defesa escrita. O processo ainda pode ter desdobramentos à medida que as investigações nos outros casos avançam.